quinta-feira, 18 de março de 2010

O Homem que aprendeu a voar


Nessa vida, vi e ouvi diversos tipos de pessoas. Desejos diferentes, raças diferentes, religiões diferentes, enfim, vidas diferentes. A maior parte eram pessoas que só viviam pela realidade, outras gostavam de viajar nos próprios sonhos enquanto dormiam, e tinha uma pequena parte, a minha preferida diga-se de passagem, que acreditavam que pelo menos um de vários sonhos, poderia se realizar. Eu sempre me identifiquei com o impossível.
Houve um tempo em que apreciei não acreditar em nada. Levar uma vida dessa maneira foi sempre muito cômodo, mas faltava alguma coisa. E foi, talvez, durante um período de solidão que as coisas aconteceram.
Frieza e silêncio, fiéis companheiros. A cara feia para esconder sorrisos, fechar os olhos pra se esquivar da intimidade, negar a vida pra não precisar sofrer. Qual seria a finalidade de lutar pra ser ignorado? Nenhuma.
Meu sonho era simples. Eu queria voar. Fantasiar o mundo com novos olhos. Um vôo livre com asas, poder da mente ou até um tapete mágico. O importante era que existisse a chance de cair em queda livre apenas em contato com o ar, pra todos os meus medos irem embora. Esse era meu sonho.
Um vôo, na minha opinião, pode acontecer de várias formas. Aviões, helicópteros, ônibus espaciais e etc, são formas concretas. Voar como super-herois, são fantasias e sonhos. Simplesmente voar, deixar tudo de lado e deixar a brisa te carregar, isso é um coração aberto e pronto pra deixar sentir o que a vida nos trás. E foi assim que eu voei.
Vi olhos que me mostraram luz. Mãos que me deram força. Uma simples vida que me mostrou que tapetes mágicos podem ser reais, que um menino de lata pode ser amigo de um leão, que um coelho branco pode te mostrar o caminho para um mundo de maravilhas, e que uma Fera também pode se apaixonar por uma Bela.
Não só vi como senti tudo isso. Eu voei e ainda não cai.



Texto : Lucas Palhares Pimentel
Foto : Thais Muniz Rosário

quinta-feira, 23 de abril de 2009


"Me leve com você". Foram essas palavras que ouvi. Dizem que o céu é o limite e ela desejava chegar lá. Um desejo, talvez, mais intenso que o meu. Um possui força e outro fraqueza, mas eu quero o equilíbrio. Nossos desejos são distantes, porém, conectados. Queria poder dar as asas que a fariam voar ao limite e voltar à mim. Queria trocar meus pensamentos pelos dela e ter certeza de que continuaria segura. Ela é meu maior mistério, é um desconhecido que não consigo deixar sem minha proteção. Eu não sei mais como manter distância. Seria egóismo meu pedir que ela fique enquanto deseja ir? Não. Eu não acrdedito mais nos limites. Não acredito que existam coisas impossíveis. Eu não lutaria por coisas limitadas e impossíveis. Eu não deixaria de lutar por alguém que me fez acreditar que tudo é possível. Eu não a deixo ir pelo simples fato de que ela me fez acreditar em amor verdadeiro.

Texto: Lucas Palhares Pimentel
Foto: Mariana de Martini Bonesi

sexta-feira, 13 de março de 2009

O Tempo

Tempo que controla. Tempo que persegue. Tempo que passa. Relativo e superficial. Tão demorado que chega a passar num piscar de olhos. Tempo de vários significados. Tempo para fugir e nos reencontrar. O que é tempo? Tempo de vida. Tempo para se realizar. Tempo para corrigir o erro com outro provável erro, pois, o acerto demora muito tempo para chegar. Tempo de fazer uma lágrima pingar na boca que traz o sorriso. Se o tempo voa, por que existir o tédio? Tempo em horas feito de minutos e segundos. Tempo que faz o presente ser passado do futuro. Tempo clichê. Tempo temperamental. Tempo maldito. Cansativo. Inimigo. Perigoso. Paciência limitada à um tempo insignificante. Tempo que dá tempo. Perdido. Confuso. Feliz aquele que vive sem contar o tempo. O tempo está passando. O tempo não pára para te ver sofrer. O tempo dá voltas circulares em uma linha reta sem fim.


Texto: Lucas Palhares Pimentel
Foto: Ana Laura Meirelles

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Show de rock para surdos atrai atenção no Canadá



Uma apresentação de rock especialmente para surdos: essa foi a grande atração da última-quinta feira em Toronto, no Canadá.

A iniciativa foi idealizada pelo Centro de Tecnologia do Aprendizado e de Ciência Musical da Ryerson University, que tinha como plano fazer o "primeiro concerto de rock para deficientes auditivos", segundo o site G1.

Para o evento, as cadeiras que acomodaram o público foram desenvolvidas especialmente para transformar "informações de áudio em estímulos táteis". Em cada uma das cadeiras, conhecidas como Emoti-Chairs, há um computador que faz o trabalho de analisar as frequências sonoras, e gera estímulos, como toques, vibrações e movimentos.

No evento se apresentaram bandas como Fox Jaws, Hollywood Swank e The Dufraines.

Reportagem: Raquel Camargo
Fonte: www.cifraclub.com.br



Achei interessante...

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Parece infinito. O oceano, a areia, o céu, todos em conjunto. Como tudo nessa vida sofrem mudanças, esses três elementos também mudam, mas nunca saem do lugar. Parece infinito, mas não é. Por sorte eles têm um tempo de vida maior, viram todas as evoluções. Sentir o chão, terra e areia, me aproxima da realidade da minha existência. O oceano parece que me conta histórias, mistérios que podem ou não ser verdade, que trazem uma certa magia para a realidade. Já o céu guarda o passado de alguns, o futuro de quem não pertence ao passado, porém, não consigo ver o presente, o céu é o fim. Eu invejo essa harmonia entre três coisas tão diferentes, que chegam a ser quase imortais. É difícil pensar que irão existir tantas mudanças no mundo e ninguém nunca poderá dar certeza do que realmente aconteceu. Nós somos resultado de histórias contadas por nós mesmos, humanos. Qual a versão de quem viveu isso mas não pode nos contar? Qual o motivo que tenho para confiar em uma raça que retrocede quando devia evoluir? Nenhum. Desperdicio de inteligência, hipocrisia, ambição. Tornamos o ar cada vez mais pesado, a areia cada vez mais suja, o mar cada vez mais seco, o céu cada vez mais perto de seu próprio fim. Nós matamos o que veio antes de nós. Lento e gradativo, torturante. Irônico é ver que nos matamos ao mesmo tempo, geração por geração. Estupidez. Parece infinito, mas um dia acaba.

texto: Lucas Palhares Pimentel
foto: Bruna Bley

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Inauguração (?)

O que importa é o contéudo, certo?

=]